terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Promessa cumprida

E terminei de ler o livro “O Ano do Pensamento Mágico”, de Joan Didion. A história não é bem o que eu imaginava, o que não deixa de ser uma leitura deliciosa.
Com muita delicadeza, a autora nos envolve em sua história, dentro do período de um ano, quando perdeu seu marido, e viu sua única filha sendo internada várias vezes, gravemente.
O tema parece impactante, mas o clima criado por Didion é de calmaria, de confissão.
Adorável!
Quintana, John e Joan (bem antigamente)

Separei algumas passagens...

“A vida se transforma rapidamente. A vida muda num instante. Você se senta para jantar, e aquela vida que você conhecia acaba de repente. A questão da auto-piedade.”

“— [Eu te amo] Mais do que mais um dia — disse ele baixinho em seu ouvido, antes de conduzi-la ao altar.
— Mais do que mais um dia - falou para ela nos cinco dias e cinco noites em que ele a viu no CTI do Beth Israel North.
— Mais do que mais um dia — eu falei para ela, na ausência dele, nos dias e noites seguintes.
— Como você costumava dizer para mim — disse ela, de vestido preto, na igreja de Saint John the Divine, no dia em que as cinzas dele foram depositadas na capela.”

“O que eu não daria para conversar sobre isso com John? O que eu não daria para debater o que quer que fosse com John? O que eu não daria para dizer qualquer coisa que o fizesse feliz? E o que seria essa coisa? Se eu tivesse dito a coisa certa na hora certa, teria funcionado?”
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Vida

Durante a nossa vida conhecemos pessoas que vem e que ficam.
Outras que vem e passam.
Existem aquelas que vem, ficam e depois de algum tempo se vão.
Mas existem aquelas que vem e se vão com uma enorme vontade de ficar...


[Charles Chaplin]

Túnel do Tempo

Texto escrito no passado. Tava perdido o probrezinho.
Achei o danado, tirei a poeira e publico navamente.
(Não sei o porquê, mas deu uma saudade O.O)


Saudades =/
Saudade de tudo.
Saudade de gentes, de momentos, de animaizinhos, de coisas, de lugares, de cheiros...
Saudade de momentos que passaram, que foram bons e vividos.
E de momentos que nem chegaram a acontecer, mas que foram bons planejar.
Saudade de cheiros, de perfumes, de músicas que lembram coisas boas [porque as ruins é melhor deixar bem guardadinhas].
Saudade de quando meus cachorros eram filhotes, de quando minha irmã era pequenina, de quando viajava para o sul em tooodas as férias.
Saudade do cheiro do Natal, do vento vindo do mar em direção a praia [bah, quanto tempo], de pegar pinhão caído da árvore, de tomar banho de chuva, de pisar na grama e escutar os estralos da geada.
Saudades de pessoas que estão longe. Algumas porque foram conversar como Papai do Céu, mais cedo do que deveriam. Outras, porque simplesmente a vida tomou rumos diferentes, e que agora estão longe.
Saudade de uma pessoa especial, que sabe que é especial, que veio de repente, e mais de repente se foi.
Saudade do antes. Do ontem.
Saudade de tudo um pouco. De um pouco de tudo.

Todas as saudades do muuuuundo!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Ah, o amor...

Hoje é o Dia Mundial do Amor.
Acho que talvez porque em vários países do mundo seja o Dia dos Namorados, o Valentine's Day.
E hoje, lendo o livro "O Ano do Pensamento Mágico" - sim, eu to lendo - encontrei uma das frases mais lindas deste assunto:
"Eu amo você mais do que apenas mais um dia."
Feliz Dia do Amor

Nem 5 minutos guardados

[Nem 5 Minutos Guardados]

Teus olhos querem me levar

Eu só quero que você me leve
Eu ouço as estrelas conspirando contra mim
Eu sei que as plantas me vigiam do jardim...
As luzes querem me ofuscar
Eu só quero que essa luz me cegue
Nem cinco minutos guardados dentro de cada cigarro
Não há pára-brisa pra limpar, nem vidros no teu carro
O meu corpo não quer descansar
Não há guarda-chuva contra o amor...
O teu perfume quer me envenenar
Minha mente gira como um ventilador
A chama do teu isqueiro quer incendiar a cidade
Teus pés vão girando igual aos da porta estandarte

Tanto faz qual é a cor da sua blusa
Tanto faz a roupa que você usa
Faça calor ou faça frio
É sempre carnaval no Brasil

Eu estou no meio da rua
Você está no meio de tudo
O teu relógio quer acelerar,
Quer apressar os meus passos
Não há pára-raio contra o que vem de baixo

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

A volta dos que não foram

E começaram as aulas.
As malditas aulas.
Estou sendo boazinha até. Ninguém mais aguenta sentar naquelas cadeiras e ouvir professor falar (e muito menos os colegas).
O resumo é que o pessoal não se aguenta, nem se tolera mais. O que é normal. TRÊS longos anos, não é fácil.
O bom de recomeçarem as aulas é o fato de ser o último primeiro semestre que enfrento (enfrentaremos).
Formatura final do ano (se tudo der certo, amém!).
Outro ponto positivo é ver quem não se via a tempos: amigos, colegas, professores, a própria faculdade, algumas pessoas perdidas (tchururururu)...
Ver calouros também é legal. Sempre aparece um bonitinho no pedaço, saca?!
Aaaah, ver como os novatos se comportam é legal também.
E temos pra eles até classificação. É que existem, na verdade, dois tipos de novatos: os que pensam que faculdade é desfile de moda (e em se tratando da minha, não é de todo errado), que abusam da maquiagem, dos modelitos, salto alto, roupas de marca e se acham os donos da festa (ops, do lugar) e o outro tipo, que é o que não está nem aí pra nada. Nem pra vida, nem pros cabelos, pras roupas...
[Creio que me enquadrava no segundo grupo =$ ]
No final todos se adaptam ao meio termo, que é o padrão do lugar.

E é assim.
♪ Don't stop dancing (Creed)
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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

"Oooolha o telefoneeee!"


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

O ex-amor

E não é a mais pura verdade?!
Texto retirado hoje do Blog do Sant'ana, nos links ao lado...

O ex-amor

Não há sensação mais assustadora do que reencontrar-se depois de muitos anos, em qualquer lugar, com alguém que foi o nosso grande e insubstituível amor.
De repente, num restaurante, num bar, numa festa, na rua, topamos com aquela mulher ou aquele homem que julgávamos seria inseparável das nossas vidas - e que pelos caprichos da existência tornou-se apenas numa vaga lembrança, afastada do nosso caminho, tornada desimportante pelo novo rumo que enveredamos.
Mas está ali presente, ao nosso lado, às vezes até conversando conosco, aquela pessoa que era a razão da nossa existência.Somos então tomados invariavelmente por uma náusea. Algo assim que atinge os que fazem regressão e voltam a vidas passadas. Aquele grande ex-amor afirma que tínhamos outra identidade, embora fôssemos nós mesmos.
Sucedem-se em nossa alma então as mais variadas e contraditórias emoções, desde o arrependimento e o remorso até a vergonha e o desvario.
Imediatamente, assalta-nos a quase certeza de que as outras pessoas que sucederam àquele grande ex-amor em nosso coração e em nossa vida não passaram de invasoras e intrusas, posseiras espoliadoras de algo ou de alguém que não lhes pertencia, tomado à força do legítimo dono.
E um profundo tédio nos domina, uma melancolia de danar a alma, uma dor do ideal perdido, do amor que se finou sem ter-se concluído, um imenso desperdício, um abismo de sonho desfeito, um mal que a gente fez a si próprio sem querer, uma culpa tremenda pela tristeza do que se acabou sendo e o libelo do que se deixou de ser.
A vida tinha que nos poupar do reencontro com o ex-amor. Não há mal que mais nos vergaste que os sonhos frustrados, a lembrança do que tinha de ser e evaporou-se nas sombras, do querido e não conseguido, do palpável e não tocado, do atingível e não resultado.
E ficamos a contabilizar os nossos danos e a imaginar os danos que causamos àquela pessoa que como um fantasma agora vem nos acusar. Que dor!
A dor do destino que não se traçou, da viagem naufragada contra os rochedos, embora a bússola nos advertisse sem sucesso.
O sentimento de autotraição, covardia, um chute na lucidez, a irrecuperável derrota da energia desaproveitada.
Poupe-nos a vida de nos reencontrarmos com os nossos ex-amores. Nós que tanto driblamos a sua recordação, que por autopiedade fingimos que os esquecemos, tentando cultuar novos valores.
Mas que diabo, cedo ou tarde verificamos que aquela ferida ainda sangra e, na melhor das hipóteses, se no futuro não for de novo pelos reencontros remexida, ainda assim se tornará numa inocultável e horrenda cicatriz.
A cicatriz da marca de ferro em brasa no pêlo e couro das cavalgaduras.

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